
O
trecho a seguir foi extraído da página Mude.nu e trata da forma como
nosso cérebro funciona quando estudamos e precisamos guardar o que
aprendemos.
Entendendo como a mente guarda informações
Cortar o cérebro ao meio não vai nos ajudar a entendê-lo, sinto muito.
(...)
Quando estamos estudando, o que acontece?
Ao nos depararmos com um conteúdo novo, ele é
manipulado pela memória de curto prazo: durante a leitura (ou em uma
aula), estamos pensando a respeito do conceito, como ele faz sentido,
como ele se aplica. Se quisermos lembrar dele depois de uma hora, no
outro dia ou na hora da prova, é necessário transferi-lo para um
armazenamento permanente.
Há várias técnicas para fazer isso e qualquer
uma delas vai envolver um ou mais dos seguintes cinco elementos:
chunking, repetição, imagens, mnemônicos e codificação.
Chunking significa quebrar o conteúdo em
pedaços que tenham algum significado. Por exemplo, primeiro separar os
estados brasileiros em regiões diferentes para depois memorizar as
capitais de cada um.
Repetição é um termo autoexplicativo. Repetir ajuda, mas por si mesma não dá conta.
A Imagem trata de criar figuras mentais para guardar informações, já que nossa memória para imagens é bastante superior.
Mnemônicos são qualquer técnica que ajude com
memorização, como a criação de músicas, siglas e frases que facilitem o
armazenamento — como as frases que contêm os elementos da tabela
periódica (“Helio Negou Arroz a Karina e Xerem a Ronaldo”).
Codificação é buscar entender os princípios,
aquilo que há por trás da informação que precisa ser guardada, para que
você possa codificá-la de modo mais prático. Por exemplo, ao invés de
memorizar todas aquelas formas de trigonometria (sen²x + cos²x = 1,
tan²x + 1 = sec²x etc.), aprender como deduzi-las é bem mais simples.
Quanto mais elementos desses forem
envolvidos, mais eficiente será o modo de formação de memórias. No caso
do modo tradicional de estudo, ele só envolve um, a repetição, criando
memórias rasas e deixando de lado todo o potencial disponível. Mas, se
quisermos utilizar na prática, como funciona essa alternativa ao
decoreba?
Digamos, por exemplo, que estejamos estudando
biologia das células e chegamos ao estudo das organelas. O procedimento
comum seria quebrar o assunto em frases a serem memorizadas:
“A subestruturas das células são chamadas de organelas.”
“As organelas eucarióticas mais importantes
são o cloroplasto, os retículos endoplasmáticos, o complexo de Golgi, a
mitocôndria, os vacúolos e o núcleo celular.”
“A função da mitocôndria é produção de energia para a célula.”
“Os retículos endoplasmáticos aparecem em dois tipos…”
Sem uma compreensão profunda ou modos
alternativos de olhar para as mesmas informações, o aprendizado do tema
se torna associações simples entre termos sem significados, que são
guardados apenas porque são repetidas indefinidamente. Um esforço
similar seria eu pedir para você memorizar os pares: §aasd&*24(
junto a 5whebu0#$t e lç35@#45[; junto a +$@#ft56[!.
Nosso cérebro evoluiu para enxergar padrões e
significados; fornecer elementos sem conexões aparentes e aleatórios
para ele guardar simplesmente não funciona. Mesmo participantes de
campeonatos mundiais de memória usam os elementos descritos mais acima
para atribuir significado aos itens aleatórios que memorizam; caso
contrário, seria impossível.
Para o nosso estudo de organelas, haveria várias possibilidades, dentre elas:
Ao estudar detalhadamente a função de cada
uma delas, traçar paralelos com, digamos, o corpo humano. O ser humano
precisa respirar (usar oxigênio para obter energia), as células também
usam as mitocôndrias para isso. Precisamos digerir os alimentos, mais ou
menos o que os lisossomos fazem para as células. Daí em diante.
Usar imagens vívidas, combinadas com nossa
avantajada memória espacial para, por exemplo, colocar uma organela em
cada vão de sua casa, comportando-se de um jeito engraçado. Mitocôndrias
no quarto brincando com tanques de oxigênio, lisossomos devorando a
comida da geladeira, complexos de Golgi no banheiro…
Criar uma frase ou uma música para ajudar a associar cada item a sua função principal (como exposto para a tabela periódica).
Quando você entende como a memória funciona, o
aprendizado fica mais simples, já que as possibilidades se expandem:
repetição simples? Não mais. Agora há vários elementos que você pode
adicionar no processo de estudo para aumentar a qualidade do
aprendizado.
(Fonte: <http://mude.nu/aprendizado-com-ciencia/>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
A partir do texto, avalie as afirmações a seguir:
I. Estudar apenas através
de repetição pode ter efeito, mas não é suficiente. Para que a
memorização do conteúdo seja mais efetiva, é importante estabelecer
padrões, relações e significados entre suas partes.
II. O processo de
aprendizado apenas se torna completo quando se passa da posição passiva
de mera leitura e repetição para uma postura ativa, de esforço de
entendimento do objeto.
III. Ainda que o conteúdo do
aprendizado esteja na forma de texto, é possível memorizá-lo de forma
imagética, construindo associações com figuras, músicas ou situações
cotidianas.
Estão corretas:
Escolha uma:
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A seguir, estão apresentadas dez formas de desenvolver uma prática permanente de aprendizagem, extraídas do artigo Aprendizagem contínua: 10 maneiras para aplicá-la.
1 – Leia, sem restrições
Compre jornais, pesquise na internet sobre
assuntos de seu interesse, peça indicação de livros a amigos, mas, acima
de tudo, mantenha a curiosidade. A leitura não apenas ajuda na expansão
do conhecimento e de ideias, mas é um fator crucial para que se
desenvolva um vasto vocabulário e boa escrita.
2 – Conecte-se com pessoas interessantes
Entre em contato com pessoas que você admira e
que possam ajudá-lo a evoluir em sua aprendizagem contínua. Se você tem
Twitter, pode usá-lo para organizar um encontro e compartilhar ideias e
assuntos de interesse comum.
3 – Ensine
Há quem concorde que ensinar é a melhor forma
de aprender. É um teste de conhecimento, no qual você se certifica de
que realmente entende do assunto. E o melhor: você ajuda outras pessoas a
expandirem sua aprendizagem.
4 – Crie uma lista
Antes de mergulhar em uma área ou assunto,
pesquise e faça anotações. Com isso, crie uma lista de assuntos que
deseja explorar. Ficará mais fácil manter o foco e desenvolver a melhor
estratégia para ir fundo na sua aprendizagem.
5 – Inicie seu próprio projeto
Se você é um professor, encoraje seus alunos a
começarem seus próprios projetos, com metas e objetivos. Isso os
ajudará a seguir esse processo no futuro, e aplicá-los a diferentes
contextos.
6 – Ambiente personalizado de aprendizagem
Identificar o melhor método de aprendizagem
para você será fundamental. Dessa forma, você pode tirar proveito de
recursos e personalizá-los. Usar um ambiente de aprendizagem
personalizado, como GoConqr, pode ajudar a adotar técnicas que
estudantes e professores usarão durante sua jornada na descoberta do
conhecimento.
7 – Experimente novas formas de aprender
Crie mapas mentais, assista a documentários,
use música para estudar, crie jogos de memória com flashcards. As formas
alternativas de adquirir conhecimento são infinitas.
8 – Junte-se a um grupo de estudo
Encontre grupos de estudos no ambiente
virtual para que você possa colaborar e aprender. Participar de um grupo
de estudo é mais uma forma de conectar-se com pessoas com diferentes
experiências e conhecimento. A troca é sempre bem-sucedida.
9 – Encontre um emprego que lhe motive a aprender
Acomodar-se pode ser exaustivo. Escolha uma
profissão que lhe inspire a se atualizar de tempos em tempos, a aprender
novas funções e ampliar seu conhecimento sobre o assunto.
10 – Faça disso prioridade
O dia de iniciar sua jornada pela
aprendizagem contínua é hoje. Seja você um professor, aluno,
profissional – faça da aprendizagem contínua uma prioridade em sua vida.
Quando aprender se torna um processo permanente, é possível
transformá-lo em algo leve, divertido e funcional.
(Fonte: <https://www.goconqr.com/pt-BR/examtime/blog/aprendizagem-continua-10-maneiras-para-aplica-la/>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
Assinale a alternativa que apresenta práticas coerentes com as formas de aprendizagem contínua apresentadas no texto.
I. Manter uma rotina
frequente de leitura de livros, blogs e páginas na internet sobre os
temas aos quais se dedica pessoal e profissionalmente.
II. Buscar formas coletivas
de construção e troca de conhecimentos e experiências, com colegas de
estudos ou trabalho, potencializando o próprio aprendizado.
III. Conhecer novas formas de aprendizado, especialmente a partir de novas tecnologias e plataformas educativas.
É correto o que se diz em:
Escolha uma:
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Leia, a seguir, trechos de uma reportagem sobre a importância de aprender a aprender no mundo do século XXI.
Para século 21, o importante é 'aprender a aprender'
Para enfrentar os desafios do século 21, não
basta frequentar as aulas e decorar conteúdo. É preciso mais. Uma das
habilidades necessárias é a de aprender a aprender. Ou seja, de maneira
autônoma, o estudante precisa saber não só o que, mas também precisa
saber como estudar. E, já adiantamos, não basta apenas ler tudo aquilo
que o professor orienta em sala de aula.
"Trata-se de desenvolver capacidades para
você aprender como disciplina, foco, precisão. E isso pressupõe
criatividade, responsabilidade e concentração", explica o professor
Sergio Ferreira do Amaral, da Faculdade de Educação da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas) para quem aprender a aprender está
muito próximo do conceito de autodidatismo.
Simone André, gerente-executiva de Educação
do Instituto Ayrton Senna, tem um conceito parecido. Para ela, aprender a
aprender é "a autonomia do estudante em gerir sua própria
aprendizagem."
Ou seja, não basta mais para um estudante
ficar sentado na sala de aula, recebendo um amontado de conteúdo e
sentir que o trabalho todo está feito ao, simplesmente, estudar para uma
prova. Segundo os especialistas, o aluno precisa assumir um papel de
protagonista nos seus estudos e aprender como estudar aquilo que é de
seu interesse.
"É necessário dar ao aluno a escolha do seu
caminho. E isso, claro, passa por dar a metodologia de avaliação, ou
seja, a prova, levando em consideração o que o aluno quer aprender",
afirmou Amaral.
Métodos
Segundo Simone André, existem algumas
metodologias que ajudam o professor a trabalhar com um tipo de ensino
mais voltado aos estudantes e suas expectativas. Uma delas é a
problematização.
O professor pode trabalhar em sala de aula
muito mais por meio de perguntas do que por respostas. São essas
perguntas que induzem o aluno ao pensamento e à construção do
conhecimento na sala de aula", diz Simone André.
Outra metodologia é o trabalho colaborativo.
Ao apresentar temas mais complexos do que os habituais, o professor pode
orientar os estudantes a trabalharem em times. Com isso, os alunos
conseguem perceber que mesmo problemas grandes e complicados podem ser
resolvidos.
Uma terceira metodologia é a da posição do
professor em relação ao aluno. Sem perder o nível de exigência com os
estudantes, o professor precisa adotar uma postura de aproximação e
construir com cada um uma relação de autonomia.
"A presença pedagógica do professor em aula é de exigência e de acolhimento", diz Simone.
Uma metodologia que estimula o aprender a
estudar é a educação por projetos. O principal é que o estudante aprenda
a construir coisas e resolver problemas. E, finalmente, segundo Simone,
é fundamental formar leitores e produtores de texto.
(Fonte: <http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/04/23/para-seculo-21-o-importante-e-aprender-a-aprender.htm>. Acesso em:24 jan. 2017.)
A partir do texto, avalie as afirmações a seguir:
I. As competências
requeridas para o mundo do século XXI demandam capacidade de aprender
autonomamente. Para tanto, a experiência do aluno deve tornar-se mais
ativa, fazendo dele protagonista do próprio processo de aprendizado, e
não mero assimilador de conteúdos.
II. Desenvolver a
capacidade de aprender a aprender significa conhecer mais intimamente os
métodos de aprendizagem, na medida em que possibilitam aprender de
forma mais eficiente conteúdos de diversas naturezas, alterando antes a
forma de tratá-los.
III. Diversos métodos podem
contribuir para aprender a aprender. Entre eles, destaca-se a
problematização dos temas estudados a partir de projetos, de forma que o
aluno desenvolva o hábito de compreender a análise e investigação de um
conteúdo em sua plenitude, a partir de uma sequência lógica.
Estão corretas:
Escolha uma:
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O trecho a seguir foi extraído do artigo Planejamento de Carreira, e traz algumas recomendações para elaborar um planejamento de forma prática e eficiente.
(...) O seu planejamento de carreira pode ser
extremamente complexo ou uma pequena lista de tarefas para realizar,
tudo depende de como você pretende fazer, mas o importante é fazer um
estudo profissional de forma realista e verdadeira.
* Faça um estudo da sua situação
O primeiro passo do planejamento de carreira é
saber onde você está atualmente. É preciso saber como está seu
contentamento profissional, quais são as suas dores, o que você gostaria
de ter. Faça uma análise fria da sua vida.
* Tenha objetivos e metas claros
Além de saber onde está, é preciso saber
aonde quer chegar. Trace metas e objetivos para realizar seus sonhos. Se
você deseja ganhar R$ 10 mil por mês e cada cliente lhe rende cerca de
R$ 1.000, uma meta é conquistar dez clientes por mês, por exemplo.
* Planeje todas as suas ações
Conhecendo sua realidade atual e seus sonhos
futuros, você precisa estabelecer ações. Voltando ao exemplo dos
clientes, o que você precisa fazer para atingir a meta de conquistar dez
clientes por mês?
* Analise todos os resultados
Não basta planejar metas e ações, você
precisa fazer essas ações e analisar todos os resultados conquistados.
Essa análise te ajudará a saber se as atitudes são realmente efetivas.
Se não forem, você precisa mudar o planejamento de carreira. Ele não é
estático, deve adaptar-se sempre à nova realidade do coach.
* Nunca pare de estudar
Esse é um erro comum de muitos coaches.
Alguns acreditam que chegaram ao topo da profissão e não precisam mais
estudar. Essa é uma carreira em constante transformação. É preciso estar
sempre se renovando e ter um plano de estudos em seu planejamento de
carreira.
* Conheça pessoas novas todos os dias
Essa é uma dica extremamente importante que muitos esquecem. O seu networking
é parte crucial da realização do planejamento de carreira. Conheça
pessoas novas que vão abrir cada vez mais portas profissionais para
você, ainda mais em uma profissão que tem as pessoas como foco de
atuação.
* Escolha parceiros de caminhada
É mais rápido ir sozinho, mas acompanhado é
possível ir mais longe. Faça parcerias profissionais para atingir seus
objetivos e metas. No planejamento de carreira, escolha pessoas com quem
gostaria de trabalhar e as ações para conquistar essas parcerias.
(Fonte: <http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/planejamento-de-carreira/>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
A partir dessas recomendações, avalie as afirmações a seguir.
I. O planejamento da
carreira exige um esforço de autoconhecimento, já que todo planejamento
deve começar por uma avaliação da situação atual. Nessa avaliação, é
essencial saber em que ponto da carreira se está, quais são as
dificuldades experimentadas e os objetivos futuros.
II. Qualquer planejamento
de carreira é uma tarefa sempre árdua e complexa, porque deve conter
detalhes e metas rigorosos e rígidos. A rigidez é importante para
garantir o cumprimento e evitar mudanças que diminuam a eficiência.
III. É importante que um
plano de carreira contenha metas claras e definidas, mas estas não
precisam ser rígidas. Elas devem se adaptar às contingências que
surgirem ao longo da carreira.
Estão corretas:
Escolha uma:
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O conteúdo a seguir foi
escrito pela socióloga Maria Alice Setúbal, a partir de um conjunto de
visões sobre a importância da educação, reunido em livro citado no
texto.
Como a educação mudou minha vida
O Programa Educar para Crescer, do Grupo
Abril, elaborou um livro com uma coletânea de depoimentos sobre a
importância da educação na vida das pessoas. São relatos inspiradores de
profissionais e estudiosos de diversas áreas.
Para muitos, a educação foi a possibilidade
de superação da condição social familiar. Fiz parte desse grupo e a
leitura dos relatos me instigou a destacar algumas falas que me
emocionaram ou que me senti bastante identificada.
Gilberto Dimenstein nos disse que a sua
possibilidade de voar no mundo vem da educação: “É o que me permite ver
longe, o que me permite ver de cima, de lado, de baixo, fazer voos
rasantes nos lagos. Para mim, a educação corresponde às minhas asas”.
Alex Ross destacou a importância da relação
com os outros no processo educativo: “Quando nós escutamos uns aos
outros, o mundo deixa de ser sobre mim, sobre minha opinião, sobre meus
sentimentos”. Já Marina Silva ressalta que teve o privilégio de ter uma
educação não formal, rica e valorosa. Mas afirma que a educação formal
“ampliou meu olhar e minha escuta, aguçou o desejo de aprender e o
prazer de ensinar”.
Um professor especial foi muitas vezes
destacado, como quando Alice Ruiz conta que ganhou seu primeiro livro de
uma professora de história: “Descobri o mundo e virei uma leitora
voraz… eles (professores) me ensinaram algo muito importante: gostar de
aprender”. Ou quando Betty Milan enfatiza que a educação muda a vida
desde que encontremos nossos mestres.
O relato sobre os professores que mais me
surpreendeu foi de Francisco Bosco, que descreveu um professor que foi
decisivo em sua vida logo que entrou na faculdade: “Nunca me esqueci
dessa figura que dava aulas arrebatadoras. Eu quase nunca entendia do
que se tratava, mas sentia que valia a pena dedicar a minha vida a
conseguir chegar àquele arrebatamento. Desde então, passei a ter como
espelho a figura do professor arrebatador. Não faço ideia de que matéria
ele ensinava. Era professor da vida, como todo bom professor”.
Os livros foram fundamentais para muitas
pessoas, como Ferrez, que relata que a educação lhe trouxe a literatura e
a cultura, as quais revolucionaram sua vida; ou para Marta Medeiros
que, ao falar de sua escola, destaca que “foi lá que conheci Monteiro
Lobato, aprendi a ter curiosidade sobre o mundo”.
Miltou Hatoum, no Colégio Estadual do
Amazonas, aprendeu “a ler romances fundamentais para minha experiência
de leitor e, vários anos depois, para o trabalho como escritor”. Lya
Luft também destaca a educação formal como espinha dorsal para a
leitura: “Leituras, vivências, inquietação do espírito dão a forma,
fornecem asas e botas de sete léguas”.
Em muitos relatos, especialmente dos
intelectuais destacados das nossas universidades, a educação e os
estudos só adquiriram sentido quando entraram na universidade, e foi
essa experiência que transformou radicalmente suas vidas e o rumo que
tomaram a partir de então. Cadão Volpato assinala: “Quanto à
universidade, bem, esse foi outro planeta. E o melhor da vida estava lá,
nesse planeta distante”.
Como várias pessoas, no meu relato destaco a
importância que meus pais tiveram na minha educação ao me proporcionar
não apenas frequência a boas escolas como também um ambiente de
descobertas culturais, sociais e políticas.
Em relação à escola, destaco minha
experiência no antigo ginásio, no qual, por meio de uma metodologia
experimental que estimulava a pesquisa, os trabalhos em grupos e os
projetos coletivos, pude vivenciar espaços de criação e participação.
Entrar no curso de Ciências Sociais da USP
(Universidade de São Paulo) também foi uma etapa decisiva na minha vida,
pois aprofundou e consolidou minha visão de mundo e meu compromisso com
o Brasil e a justiça social.
(Fonte: <http://www.necasetubal.com.br/como-a-educacao-mudou-minha-vida/>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
As afirmações a seguir contêm algumas visões extraídas do texto sobre o papel da educação.
I. Alex Ross trata do
importante papel da educação na compreensão e convivência com o
diferente, essencial para a construção de uma sociedade harmoniosa.
II. Francisco Bosco, a
partir da própria experiência pessoal, destaca a importância do
professor para além do conteúdo, como mestre que prepara para a vida de
forma marcante.
III. Ferrez e Milton Hatoum
relatam a importância da leitura como parte da experiência educacional,
pela cultura e capacidade de escrita que proporciona; e Lya Luft
ressalta a importância da educação formal para uma boa capacidade de
leitura.
Estão corretas:
Escolha uma:
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Ter disciplina para estudar
para concursos públicos não é simples. Leia a seguir os trechos da
matéria e escolha as afirmações que mais se adequam.
Muita gente começa a se interessar pelos
concursos públicos, mas não tem a menor ideia de como começar. Para quem
pretende iniciar um projeto consistente e organizado, o melhor é
escolher uma área de concursos para iniciar uma preparação com
antecedência, sem estar vinculada à expectativa do edital de um
determinado concurso.
O estudo deve começar pelas disciplinas
básicas – aquelas matérias que caem em todos os concursos da área.
Assim, o candidato estará se preparando para diversos concursos ao mesmo
tempo. Além disso, o conhecimento relacionado às disciplinas básicas
muitas vezes é importante para a compreensão de outras disciplinas.
Apoio na preparação: sempre que possível, é interessante utilizar a ajuda de um curso preparatório.
Organizar a rotina
Seja a preparação para um concurso que “está
na rua”, seja uma preparação antecipada, o estudo será mais produtivo se
o candidato assumir o controle da sua vida e do seu tempo
Mesmo que todo o dia esteja disponível para
estudo, é preciso começar com pouco tempo e aumentar gradativamente,
conforme o candidato sentir que tem condições.
Feito isso, podemos distribuir as disciplinas
que serão estudadas. Vale lembrar que é importante reservar intervalos –
15 minutos – a cada hora e meia a duas de estudo e entre os turnos do
dia – 1 hora, pelo menos, entre manhã/tarde e tarde/noite. Deixar um dia
livre na semana (ou, ao menos, um turno livre) também é essencial para
que o candidato possa recarregar as baterias para a semana seguinte.
Outro cuidado que se deve tomar, sempre que
possível, é alternar matérias de exatas, como matemática e afins, com
matérias de linguística, como português e direitos. É interessante
também colocar as matérias com as quais se tem menos afinidade nos
melhores horários de estudo, deixando os piores horários para as
disciplinas mais agradáveis.
Para evitar frustrações, o candidato deve
estar ciente de que a aprovação pode levar alguns meses ou até alguns
anos, dependendo do tipo e da complexidade do concurso. Reprovações
também podem acontecer, mas são apenas etapas do processo e indicam que
há aspectos a melhorar, seja no conhecimento da teoria, na estratégia de
prova ou no equilíbrio emocional. Fazem parte da trajetória até a
aprovação.
(Fonte: <http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2013/02/veja-passo-passo-como-fazer-plano-de-estudos-para-prestar-um-concurso.html>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
Leia as afirmações:
I. O candidato precisará
estudar disciplinas que nunca viu antes, e a orientação do professor
facilita a compreensão daqueles conteúdos.
II. Estudar “no tempo que
sobra” é pouco eficiente, além de causar bastante angústia, porque a
sensação de culpa é permanente.
III. Um calendário com os períodos disponíveis facilita o planejamento e a rotina.
IV. Quando se tem o dia todo
disponível para os estudos, os resultados são melhores, uma vez que o
candidato pode se dedicar o tempo todo.
Estão corretas:
Escolha uma:
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O trecho a seguir foi extraído da página Mude.nu e busca explicar a natureza da procrastinação.
Os 4 pilares da procrastinação, segundo as pesquisas
Procrastinar não mata apenas os seus sonhos.
Além disso, afeta a economia mundial e impede que países e empresas
desenvolvam todo o seu potencial.
Por conta disso, esse hábito de deixar para depois o que deveríamos fazer hoje está sendo cada vez mais estudado pela ciência.
Um dos mais completos estudos sobre o assunto, chamado The nature of procrastination: A meta-analytic and theoretical review of quintessential self-regulatory failure, foi publicado em 2007 pelo Dr. Piers Steel, professor de comportamento organizacional da Universidade de Calgary.
A pesquisa mostrou que, em praticamente todos os casos, quatro pilares estão presentes:
Tarefas de baixo valor: nós deixamos para
depois tarefas que consideramos desagradáveis, chatas ou pouco
importantes para nossos objetivos de vida. O exemplo mais claro disso é a
declaração de Imposto de Renda, que quase todos os brasileiros deixam
para a última hora. Em outras palavras, não procrastinamos coisas de que
gostamos ou com as quais sentimos prazer, pois elas nos dão
gratificação instantânea.
Personalidade de procrastinador: existe um
componente de personalidade (resultado da combinação entre nossa
genética e o ambiente em que fomos criados) no ato de procrastinar. Isso
significa que algumas pessoas são mais propensas a procrastinar do que
outras.
Expectativa de dificuldade: se você espera
que uma tarefa vai ser difícil de cumprir, naturalmente sua tendência
vai ser adiá-la o quanto for possível.
Medo de falhar: um dos motivos pelos quais
procrastinamos é o receio, mesmo que inconsciente, de que não
conseguiremos realizar aquela tarefa a contento. Pense em uma pessoa que
quer empreender, mas que tem medo de abrir a empresa e ela não dar
certo. Se isso acontecer, toda aquela construção psicológica de “eu sou
um empreendedor” vai por água abaixo. Então, para proteger a identidade
que nós mesmos criamos, acabamos não nos arriscando em tarefas desse
tipo, ou as adiamos ao máximo.
(...)
(Fonte: <http://mude.nu/procrastinacao/>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
A partir dos pilares apresentados no texto, avalie as formas de superação do comportamento procrastinador a seguir.
I. Estabelecer
prioridades que considerem todas as atividades que se deve realizar, as
mais e as menos importantes. Assim, haverá momentos definidos para
aquelas atividades que se deixam para depois por sua falta de
importância.
II. Preparar-se para as
atividades que se deve realizar, independentemente de seu nível de
dificuldade, e planejá-las estabelecendo momentos definidos.
III. Ter confiança no próprio
desempenho e não ter medo de realizar aquilo que se planejou. Para
isso, é importante reconhecer o erro como parte de qualquer empreitada.
Estão corretos:
Escolha uma:
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Leia atentamente a lista de benefícios que podem ser alcançados quando viajamos.
Outras culturas
As diferenças estão na culinária, estilo de
vida, crenças, entre muitas outras coisas. Vale muito obter esse
conhecimento através do contato direto com outras culturas. Ao
compreender as diversas culturas, desempenhamos um papel vital para
nossa educação.
Aprender línguas
Quando viajamos para o exterior, temos
contato com a língua nativa do local. Isso nos permite aprender, pelo
menos, o básico, já que somos “forçados” a ouvir e pronunciar algumas
palavras.
Sobre a natureza
Esse contato é essencial para resolver questões, como a poluição do ar, alterações climáticas e outras.
Ser independente
Quando você viaja sozinho, acaba sendo
obrigado a ser independente. Viajar faz com que aprendamos a tomar
decisões e iniciativas por nós mesmos. Quando não temos ninguém para nos
dizer o que e como fazer, também não temos ninguém para terceirizar
nossas tarefas.
Aprender história
Na escola, aprendemos sobre os eventos
históricos e as civilizações. Mas quando viajamos, temos contato com
tudo isso de forma mais divertida. Aproveitar para conhecer museus,
galerias e palácios é poder ter contato direto com a cultura e história
local.
Desenvolver habilidades sociais
Mesmo que você seja tímido, em uma viagem irá
adquirir maior habilidade social. Isso porque em uma viagem se torna
quase que obrigatório falar e pedir favor a estranhos.
Fazer coisas novas
Em uma viagem, você será testado a cada passo
que der, já que estará explorando um caminho desconhecido. Ao viajar,
naturalmente você será forçado a fazer tantas coisas que normalmente não
teria feito. A cada viagem, uma experiência nova para experimentar e
aprender. Além disso, você estará fora da sua zona de conforto, o que te
obriga aprender a se adaptar no novo ambiente.
Aprender sobre o mundo atual
As viagens nos ensinam não apenas sobre o
passado, mas também sobre a atualidade. Essa é a melhor forma de
entender a situação política, estrutura social e o cenário econômico do
mundo atual. É fato que nosso ponto de vista sobre as culturas e pessoas
distantes é influenciado pelo que vemos nas mídias.
(Fonte: <http://www.msn.com/pt-br/viagem/noticias/8-raz%C3%B5es-pelas-quais-viajar-%C3%A9-a-melhor-forma-de-aprender/ar-AAlKvuZ?li=AA5afP&ocid=spartandhp>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
Assinale a alternativa que apresenta uma ideia retirada do texto.
Escolha uma:
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As respostas a
seguir foram extraídas de uma entrevista com o neurocientista Sidarta
Ribeiro, do Instituto do Cérebro de Natal/RN, publicada no Nexo Jornal.
Como seria o ensino baseado em evidências?
O Brasil tem muitos modelos educacionais, mas
é tudo na base da opinião. É sempre ‘ah, eu tenho 20 anos de
magistério, minha experiência é tal’. É tudo muito amador. Precisamos
criar uma geração de pesquisadores e educadores capazes de fazer
pesquisa científica em sala de aula. Se Kumon é melhor que tabuada,
vamos testar, como se fosse um modelo clínico, estatístico. Mas se você
fala isso, os pedagogos odeiam. Dizem que não farão experimento nos
alunos. Mas, na verdade, sempre que você dá aula, faz um experimento. Só
não é controlado.
Você concorda com as análises de que a tecnologia está nos tornando mais burros?
Existe um impacto enorme. Bom e ruim. Uma
pessoa da época do Homero, que sabia recitar a Ilíada, tinha uma
quantidade de memória que hoje ninguém tem. Nos anos 1980, eu tinha 50
telefones memorizados. Hoje eu sei dois, porque a memória está fora do
nosso corpo. Temos HD externo. Temos a nuvem. É bom para a sociedade,
você não precisa decorar fatos, basta procurar. Mas, se você não tem
nenhum fato consigo, fica difícil pensar. Isso é um problema das novas
gerações. Elas têm capacidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, e
muito rápido. Mas elas têm cada vez menos capacidade de profundidade. E
isso pode ser um grande problema.
E de que maneira podemos exercitar ou reverter isso?
Criar um espaço offline. Situações regulares
em que a criança não assista à TV, Netflix, não esteja jogando. Em que
ela leia, brinque sozinha, com amigos, faça esportes, tenha contato com a
natureza. O que era normal e hoje é luxo. Estar online o tempo todo é
uma falta de espaço mental, de introspecção. Se não tiver tédio, não
terá profundidade.
Como o sono (e a falta dele) interfere no aprendizado?
Na adolescência, existe um atraso de fase do
sono que é fisiológica, além da televisão e da internet. Não faz sentido
você levar uma pessoa que ainda não terminou seu último ciclo de sono
para a escola, a não ser que lá haja a oportunidade de dormir. Seria uma
solução começar a escola mais tarde, mas o horário de início está
associado ao trabalho dos pais. O horário não é pedagogicamente
otimizado, é laboralmente otimizado, para o patrão. Então, se a escola
não pode mudar a estrutura da sociedade, ela deve acolher o aluno. Tá
com fome? Tem de comer. Tá com sono? Tem de dormir. É óbvio que deixar
ele com sono e fome não vai funcionar.
(Fonte: <https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2015/11/20/%E2%80%98Sem-t%C3%A9dio-n%C3%A3o-h%C3%A1-profundidade%E2%80%99-diz-neurocientista>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
As afirmações a seguir trazem lições do texto:
I. É importante que os métodos de aprendizagem sejam avaliados a partir de seus resultados.
II. O sono é parte
importante de um processo eficiente de aprendizado, e o período dedicado
aos estudos deve estar adaptado a essa necessidade.
III. O ritmo frenético de
fazer muitas coisas ao mesmo tempo aumenta a agilidade das atividades,
mas pode prejudicar sua qualidade, pela falta de profundidade em áreas
que demandam maior reflexão.
Quais delas estão corretas?
Escolha uma:
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As cinco técnicas a seguir foram extraídas do artigo As 10 melhores técnicas de aprendizagem e fixação de conteúdo, e apresentam utilidade alta ou moderada.
1) Prática distribuída (utilidade: alta): a
Revista diz que a prática distribuída consiste em distribuir o estudo ao
longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco
só.
Pesquisas mostram que o tempo ótimo de
distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do período em que o
conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo
por cinco anos, você deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses. Se
quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.
A prática distribuída também pode ser
interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo
do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, uma hora de
manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.
2) Teste prático (utilidade: alta): simular é
o melhor caminho. Realizar testes práticos sobre o que você está
estudando é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. A pesquisa
científica mostrou que realizar testes práticos é até duas vezes mais
eficiente do que outras técnicas.
No caso específico de concursos públicos, ou
Exame de Ordem, a recomendação é fazer toneladas de exercícios de provas
anteriores. Não apenas do cargo para o qual você está estudando, mas
qualquer tipo de questão que encontrar pela frente.
3) Estudo intercalado (utilidade: moderada): O
estudo intercalado é o que chamamos de rotação de matérias. A pesquisa
procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou
intercalando diferentes tipos de conteúdo de uma maneira mais aleatória.
Os cientistas concluíram que a intercalação
tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos físicos e
tarefas cognitivas (como ciências exatas).
O principal benefício da intercalação, como
já havíamos observado, é fazer com que a pessoa consiga manter-se mais
tempo estudando.
4) Autoexplicação (utilidade: moderada): a
autoexplicação mostrou-se ser uma técnica útil para aprendizagem de
conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e
explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo.
O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.
5) Interrogação elaborativa (utilidade:
moderada): a técnica de interrogação elaborativa consiste em criar
explicações que justifiquem porque determinados fatos apresentados no
texto são verdadeiros.
O estudante deve concentrar-se em perguntas do tipo “Por quê?”, em vez de “O quê?”.
Seguindo o exemplo que demos pouco antes, em
vez de decorar um mnemônico como SoCiDiVaPlu, o ideal seria perguntar-se
por que o Brasil adota a dignidade da pessoa humana como fundamento da
República? E buscar a resposta na origem do estado democrático de
Direito e na adoção do princípio da dignidade da pessoa humana pelas
principais democracias ocidentais após a Revolução Francesa.
Note que esse tipo de estudo requer um
esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de
determinado fato, investigando suas origens.
Falando especificamente de concursos
públicos, a interrogação elaborativa é um grande diferencial na hora de
responder redações e questões discursivas.
(Fonte: <https://cers.jusbrasil.com.br/noticias/133666308/as-10-melhores-tecnicas-de-aprendizagem-e-fixacao-de-conteudo>. Acesso em: 24 jan. 2017.)
A partir do texto, estão corretas as afirmações:
I. Em um cenário de
preparação para as provas finais, é possível se utilizar a técnica da
prática distribuída, estudando uma parte do conteúdo por dia.
II. Na preparação para uma
prova geral muito concorrida, é possível se utilizar a técnica de teste
prático, fazendo um conjunto de exercícios de treinamento.
III. Na preparação para
provas de disciplinas de história, é possível se utilizar a técnica da
interrogação elaborativa, criando-se justificativas para os fatos
estudados.
É correto o que se diz em:
Escolha uma:
